segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

× Uma estrutura familiar de mim mesma.

Um página em branco, era tudo o que eu precisava, mais uma vez. E mais uma vez me pego aqui perdida entre as linhas de um sonho, uma estrutura familiar de mim mesma. E perdida em linhas, me encontro perdida em mim mesma. Perdida e envergonhada, enroscada na minha antiga vontadade de vê-lo, e agora que o vi, não consigo pensar em uma forma agradavel e definitiva de esquecer aquele olhar que desmorona todas as suas defesas, todas as suas armas. E seu olhar me mostra as janelas de sua alma tão trancada e fechada pra qualquer um. E me pego fechando os olhos, tentando encontrar o brilho de seus olhos tão frágeis. Ele é frágil. E minha inutil vontade de beija-lo é tão doída que causa-me dor física. E a minha vontade de abraça-lo é tão efêmera que causa-me ânsia. E a vontade de sentir seu corpo juunto ao meu causa-me repulsa. Ódio. Eu o odeio na medida que o ganho. Eu o amo na medida que o perco. Eu o quero na medida que não o tenho. E essas minhas vontades me causam medo. Medo por que eu sei que isso é inutil, e nada do que eu faça vai fazer ele me querer, tanto quanto eu o quero. É inutil, repulsante. Idiota, idiota, idiota! meu amor é. Ele simplesmente É! E não adianta tentar fugir, por que quando você chega lá em cima, e olha para todas aquelas pessoas lá em baixo, você se desespera, mas sabe que se você se mover você cai. E você cai de maneira cruél, de uma maneira que te deixa dilacerado. Me sinto assim. Mas ainda assim, não consigo parar de gostar do jeito que você faz eu me sentir.

Nenhum comentário:

Postar um comentário