sábado, 22 de janeiro de 2011

e em tais palavras, a minha frieza.


Estava pensando aqui com meus botões: será que mudei tanto assim?
Vejo fotos, escuto as vozes, olho nos olhos, mas... Nada disso mexe mais comigo. O fato de que as pessoas que um dia eu pensei em respirar, hoje não passam de simplesmente... ar.
Eu deveria sentir falta disso, não deveria?
Postei uma vez um texto, comparando "minhas" antigas pessoas como uma droga altamente viciante, e hoje não fazem efeito mais em meu sangue. Será que estou me tornando uma pessoa fria, ou somente me libertei de tudo aquilo que me atrasava? Eu não ligo mais pra ninguém, assim como um dia ninguém ligou pra mim.
Mas duvido que faça alguma diferença. Antes eu precisava ver todos, abraçar, beijar, morder... Hoje eu não consigo sentir mais a falta das pessoas.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

é triste perceber.



Um dia você se toca do quanto foi idiota por correr atrás de quem não merecia nem se quer um passo seu.

as vezes o que eu vejo quase ninguém vê.


Quem me dera ao menos uma vez, ter de volta todo o ouro que entreguei a quem conseguiu me convencer eu era prova de amizade se alguém levasse embora até o que eu não tinha.
Quem me dera ao menos uma vez, esquecer que acreditei que era por brincadeira que se cortava sempre um pano-de-chão de linho nobre e pura seda.
Quem me dera ao menos uma vez, explicar o que ninguém
consegue entender que o que aconteceu ainda está por vir e o futuro não é mais como era antigamente.
Quem me dera ao menos uma vez, provar que quem tem mais do que precisa ter quase sempre se convence que não tem o bastante e fala demais por não ter nada a dizer.
Quem me dera ao menos uma vez, que o mais simples fosse visto como o mais importante
mas nos deram espelhos e vimos um mundo doente.
Quem me dera ao menos uma vez, entender como um só Deus ao mesmo tempo é três esse mesmo Deus foi morto por vocês, sua maldade, então deixaram Deus tão triste.
Eu quis o perigo e até sangrei sozinho, entenda! Assim pude trazer
você de volta pra mim... Quando descobri, que é sempre só você que me entende do início ao fim. E é só você que tem a cura do meu vício, de insistir nessa saudade que eu sinto de tudo que eu ainda não vi.
Quem me dera ao menos uma vez, acreditar por um instante em tudo que existe, e acreditar que o mundo é perfeito, que todas as pessoas são felizes...


(Legião Urbana)

verídico.



To me afastando de tudo que me atrasa, me engana, me segura e me retém. Fui ser feliz, e não volto!
Caio Fernando de Abreu.

distancia.



Quando me encontrar me abrace forte, quero ter certeza de que você é real.
Luiddi

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

cedo.


Uma menina me ensinou, quase tudo que eu sei, era quase escravidão, mas ela me tratava como um rei, ela fazia muitos planos, eu só queria estar ali, sempre ao lado dela, eu não tinha aonde ir... Mas, egoísta que eu sou, me esqueci de ajudar a ela como ela me ajudou e não quis me separar, ela também estava perdida, e por isso se agarrava a mim também, eu me agarrava a ela porque eu não tinha mais ninguém... E eu dizia: - Ainda é cedo
cedo, cedo, cedo, cedo.
Sei que ela terminou o que eu não comecei, e o que ela descobriu, eu aprendi também, eu sei. Ela falou: - Você tem medo. Aí eu disse: - Quem tem medo é você.
Falamos o que não devia, nunca ser dito por ninguém. Ela me disse: - Eu não sei mais o que eu sinto por você. Vamos dar um tempo, um dia a gente se vê.
E eu dizia: - Ainda é cedo
cedo, cedo, cedo, cedo.


Legião Urbana.

amor em vermelho.


¬ O fim foi como o começo. De maneira trágica. Um pub encardido. Algumas vozes paralelas, uma música forte de fundo e uma luz escassa, saída de algum holofote enferrujado perto do palco de madeira gasta. Pessoas sem rumo, sem começo, sem fim. Conversas entupidas de estupidez. Alguns comentários banais, deploráveis... Outros, revelantes. Eu não esperava encontrá-la ali. Mulher de tal porte não tinha aparência de quem gostava de pubs, muito menos um naquela situação precária. Mulher como aquela gostavam de glamour, mordomia e de homens ricos. Não copos sórdidos e porcos a comendo com os olhos. Ela não era mulher para aquilo. Ela simplesmente não era.
... Ou pelo menos, era o que eu achava. Ela tinha os cabelos ruivos compridos presos em um rabo-de-cavalo no alto da cabeça. Seus olhos amendoados brilhavam entediados em direção à taça de Martini que segurava na mão esquerda, e seu corpo esguio era bronzeado, bronzeado sem ser laranja. Era caramelo, como se ela estivesse sempre embaixo do sol. Havia uma cereja dentro de sua taça boiando em meio ao álcool destilado, a qual ela catou com o dedo mindinho e colocou na boca. Seus lábios eram vermelhos e brilhosos, combinando com a fruta, e me perguntei por algum tempo se havia como ela ter os tingido com a cereja do Martini.
Tudo em Dulce seria vulgar, se Dulce não fosse Dulce.
- Você demorou - ela o cumprimentou ao mer ver passar, num ar blasé.
- Eu sei-.
Eu não pediria desculpas, não havia o porquê. Dulce não era uma mulher de perdões, desculpas ou explicações. Ela não acreditaria se eu dissesse que alguns minutos antes de encontrá-la naquela imundície, travava um dilema comigo mesmo para decidir se iria ou não ao seu encontro. Fora uma briga com causa perdida, eu bem sabia. Não havia escrúpulos que conseguisse me manter longe daquela mulher. Ela era toda perfeita, do jeito dela.
... Perfeitamente perversa. Não havia batalha para ser posta em pauta. A guerra havia sido ganha. Ela era a vencedora. Comandara as batalhas, elaborara cada artimanha, me fizera cair em seus pés, entregue, rendido, loucamente apaixonado. Ela era a ganhadora. Ela sempre conseguia o que queria.
- Não gosto de esperar - com os olhos me obrigou a sentar. - Você bem o sabe.
- Não sei muito de você, Dulce. Acho que nem mesma você sabe muito bem...
Aquelas eram as minhas defesas. Tentar jogar contra ela os seus poucos defeitos perfeitos. Suas armaduras perfeitas. Suas imperfeições perfeitas...
O meu ato de rebeldia a fez sorrir de modo extasiante, mostrando a seqüência de dentes brancos perfeitos, que entravam em contraste com a sua pele dourada e os seus lábios avermelhados. Ela deveria saber muito bem do meu incomodo perante a sua presença. Deveria saber – ou melhor, sabia – o que causava em mim. Meus olhos dançavam de paixão quando miravam a minha musa, e eles me entregavam, me sentenciavam.
- Sou um mistério - ela deu uma risada suja. - Sei que você odeia mistérios.
- Você não sabe. Também não conhece muito de mim...
- E você conhece?
- Não. Você me confundiu.
Não era a resposta que ela gostaria de escutar.
Notei como ela se moveu de maneira desconfortável na cadeira, fazendo seu vestido curto roçar em suas coxas e se elevar um pouco, tornando a me colocar incomodado. Eu podia sentir os olhares sobre ela. Podia sentir aqueles olhares imundos sobre a minha musa. O ódio se elevava pois Dulce o fazia para me provocar. Para provar que o poder da situação estava fixo em suas mãos.
Mirei suas mãos, não sei muito bem o motivo. Pus-me a observar seu esmalte vermelho-sangue e sorri diante daquela visão.
Dulce era toda vermelho, e vermelho em excesso doía.
- Para que me trouxe até aqui? - resmunguei, tomando o Martini que ela até então tragava goles singelos e dando um pouco de álcool aos meus lábios. - Seu maridinho prepotente a cansou outra vez?
- Não fale assim de Charles.
- Falo como eu quiser.
Não entendia como Dulce ainda surtava quando criticava o homem com qual era casada. Sei que era respeito, e não amor. Ah, não, estava longe de ser amor. Mas ainda não compreendia como demonstrava respeito por um homem ao qual ela mesma traía... Muitas vezes.
Ele era tudo o que eu não era.
Charles era rico, enquanto eu era um pobre pintor sem ter onde cair morto. Sem fundos, sem garantias, sem reservas. Charles morava em uma mansão no subúrbio da cidade. Eu precisava dar meu sangue para conseguir pagar o minúsculo e empoeirado apartamento sobre a escola de música em uma esquina mal habitada. Charles abusava de mordomos, motoristas e empregadas para mimá-lo. Eu possuía a mim mesmo e a um gato idoso, que até então não possuía um nome, pois não me via no direito de nomeá-lo. Eu não era ninguém para aquilo. Charles possuía um currículo excelente. Advogado formado em Oxford, ou Harvard, ou qualquer escola de milionários. Eu possuía somente alguns pinceis puídos e tintas quase secas. Charles era velho, e todos sabem que mulheres se interessam pelos velhos, mas dormem com os novos... E, pelo menos aquilo, eu era. Era novo. Transpirava juventude ainda, mesmo no auge dos meus vinte e três anos. Tinha saúde, agilidade e reflexo, coisa que a vida tirava aos poucos daquele velho ridículo, que beirava os seus setenta e dois...
Mas, o meu verdadeiro desgosto era que Charles possuía Dulce a qualquer hora, e, eu, somente aproveitava dos poucos momentos em que ela dedicava para mim, quando tinha vontade e – ou – precisava de sexo.
Sexo de verdade. Não sexo com um cadáver.
- Para que me ligou, Dulce? - repeti a pergunta, daquela vez, mais firme.
- Precisava falar com você.
- Se procura sexo, não estou disposto no momento.
Me feria dizer tal coisa.
Para mim, Dulce não era sexo. Dulce era amor, paixão, obsessão. Era desejo, cru e nu. Era loucura; pintura. Dulce para mim era a tinta vermelha. A mais viva, mais ofuscante, mais rica. Toda ela, toda Dulce, toda em vermelho.
Dulce era a minha cor favorita.
Dulce era a cor do meu tormento.
- Não estou procurando sexo - parou de falar e procurou um cigarro em sua bolsa minúscula, encontrando-o logo e levando aos seus lábios berrantes - Não por hora.
- Então o que você quer?
Movimento involuntário era aquele que eu sempre realizava perto dela. Sem ter noção do que fazia, me debrucei um pouco sobre a mesa, aproximando minhas narinas daquela pele do Diabo, sentindo o seu cheiro tão costumeiro e único misturando com o odor nauseante do ambiente em que nos encontrávamos.
Dulce cheirava a nicotina e rosas. Rosas vermelhas, é claro.
Era o seu cheiro próprio. Acredito que mesmo se esfregasse sua pele com bucha de arame, aquele odor nostálgico não sairia. Cheirava a nicotina sendo queimada. Cheirava as rosas de um grande jardim na primavera. Cheirava a Dulce, somente a ela.
- Já disse, preciso falar com você.
- Então fale... Não tenho muito tempo.
- Ah, você tem.
Ah, eu tinha.
Tinha qualquer coisa que ela pedisse. Qualquer coisa.
- Vá direto ao que importa, Dulce.
- Ok... - e ela me deu aquele sorriso perverso e disse, com simplicidade, uma única frase.
...Duas palavras, treze letras. O suficiente para me estraçalhar.
- Estou morrendo.
Dei um sorriso, desacreditando no que ouvira.
Era claro que ela não estava morrendo. Dulce não poderia morrer. Ela não poderia.
- Não, você não está - revidei.
- Sim, eu estou.
- Não.
- Porque você nunca acredita em mim? Que merda, Christopher, pelo menos uma vez escute o que estou falando!
Permaneci sorrindo de maneira débil, balançando a cabeça para todos os lados e negando a realidade que ela colocara sobre a mesa, de maneira comum.
Dulce não poderia morrer. Não, mesmo.
- Olhe - vi que ela retirava um papel amassado da pequena bolsa e atirava sobre a mesa, perto do saleiro e do cinzeiro, esperando, com o olhar, eu criar coragem para pegá-lo. - Pegue logo!
Estiquei os dedos, com calmaria exagerada, tomando o papel amarelo em minhas mãos e abrindo-o da mesma maneira que o pegara. Fingi percorrer meus olhos pela folha, não querendo ler o que estava escrito, e ela sabia que eu estava interpretando uma leitura, pois o tomou de meus dedos e resmungou: - Câncer e Tuberculose. Cômico não? Tenho uma e ganhei outra de brinde.
Fora a única vez em minha vida que senti vontade de bater em uma mulher. A única vez – ou melhor, segundos – que tive vontade de esmurrar o rosto perfeito de Dulce, queimando em ódio por tais palavras.
Ela estava morrendo. E estava se divertindo.
- Quanto tempo?
- Quanto tempo o que? - perguntou sabendo do que se tratava, mas querendo fugir da resposta.
- Quanto tempo você... Têm?
Palavras. Tão idiotas. Nunca são o necessário para demonstrar os sentimentos. Nunca são necessárias para nada. Um olhar vale mais do que o dicionário por inteiro. Um olhar valeu muito mais do que a minha própria vida.
- Um dia, dois dias? Alguns meses? Alguns anos? Quem sabe? - ela deu outra risada fraca, mas ainda mostrando o deboche a sua vida. - Viva rápido e morra cedo, Christopher. Esse foi o dilema de vários gênios.
- Você não é um gênio, Dulce - falei, vacilando assustadoramente com a tonalidade de minha voz.
Oh, eu estava apavorado.
- Você não me conhece, Christopher. Lembre-se que eu sou um mistério...
E outra vez ela riu.
Aquela risada demoníaca, perversa... Vermelha.
- Você não pode morrer.
- Ah, posso sim.
Aquele fora o meu maior erro: acreditar que Dulce era imortal.
- Charles - murmurei - Ele pode pagar um médico que a salve.
- E você acredita mesmo em salvação?
O corpo nu dela roçou em minhas costas igualmente desnudas, fazendo um sorriso irônico escapar de meus lábios, vendo que no final das contas, ela me conhecia.
Ligeiras contrações percorriam sua perna quando eu encostei meu braço nela de propósito, querendo irremediavelmente ver como ela reagiria ao meu toque, e acariciei de leve com as costas das mãos o espaço entre o seu joelho e o colchão gasto. Murmurei alguma coisa sem sentido algum, alguma palavra perdida que viera em minha mente enquanto ela ainda esperava a minha resposta, e eu sabia que ela não gostava de esperar.
- Não acredito em Deus. Não acredito em milagres. Não acredito em salvação - sussurrava como se lhe contasse algum segredo sujo, mas me deliciava com o sorriso sincero dela para mim, somente para mim. - Acredito em amor. Acredito em vermelho. Acredito no que sinto por você...
Aos poucos foi relaxando sob minha leve carícia enquanto eu estava mais tenso que qualquer coisa na face da Terra – todos os meus músculos enrijecidos como se eu tivesse levado um choque... Mas ela se tornava fraca a minha caricia, respirando mais devagar que antes e apoiando a mão sobre a perna que eu não alcançava, fincando as unhas nela devagar quando eu aumentava a pressão de meu toque.
Minha cabeça estava totalmente dependente de meu corpo e eu pensava em milhares de coisas ao mesmo tempo, mas principalmente no ponto latejante em que grande parte de meu sangue se encontrava. Num momento inesperado, cantarolei “Arcando com as conseqüências, se usando de eloqüências, e sorrindo”. Dulce sorria para o vazio e cada movimento seu fazia com que eu aperfeiçoasse o sistema de correspondência tátil entre a ferocidade amordaçada prestes a explodir dentro de mim e a beleza de seu corpo por baixo do lençol encardido. O que de início era uma deliciosa distensão de minhas raízes mais profundas transformou-se em um formigamento incandescente, que atingia naquele segundo o estado de absoluta segurança e irreversibilidade que não é encontrado na vida consciente. Não havia mais nada a temer...
... Ou talvez houvesse, mas em minha cabeça, Dulce ainda era eterna. Dulce sempre seria eterna.
A carne é fraca. A tentação nos move. O ciclo se repete. Não há barreiras que não possam ser transpostas nem amores que durem à ignorância. Não encontrava sentido em ver suas roupas ao lado das minhas e em nossa nudez me sentir inferior. Podia ser mais alto, mais gatuno, mais privilegiado.
No final, a carne continuava sendo fraca. E nos meus lençóis sujos ela se enrolava como uma rainha. Nos sonhos, a plebe se mistura. E sua superioridade se desmancha como os nós de seus cabelos vermelhos. Muito vermelho.
No escuro, os tons de pele eram iguais.
No escuro, a vida e a morte eram apenas sonho e pesadelo.
- Você deveria começar a acreditar em Deus.
Dulce falou para mim, enquanto andava envolta do lençol pelo pequeno cômodo ao qual eu costumava chamar de moradia, e ao qual ela chamava de: “Vermelho”. Ela não me encarava, nem ao menos se importava com o meu olhar nervoso para o fumo que ela levava pendente na boca, somente deslizava pelo chão de madeira com seus pés descalços, cantarolando alguma música antiquada em francês e indo em direção ao meu trabalho.
Ela adorava os meus quadros, pelo que me dizia.
Fora por aquelas telas ridículas que nos conhecemos. Fora por aqueles rabiscos insolentes e pobres em detalhes que vivíamos aquele turbilhão de conflitos internos naquela noite.
Por aquelas malditas telas.
- Vermelho. Vermelho. Vermelho. Vermelho... Acabaram as outras tintas, querido? - ela me perguntou enquanto analisava todas as telas, todas as pinturas e a única cor presente.
- Não - respondi - Não vejo graça nas outras cores.
- O mundo tem mais de uma cor, Christopher. Vermelho é apenas uma delas...
- Vermelho é a única cor que eu preciso - disse outra vez, sabendo do que nós conversávamos.
- Você é tolo - sorriu para mim e continuou: - Acredite em Deus, querido. Simplesmente, acredite.
A consciência de que nada daquilo poderia se tornar real nunca me abandonara, por mais que eu respirasse o seu doce perfume, imaginando se algum dia eu poderia viver sem aquilo. Eu tinha que viver sem aquilo, pelo meu futuro, pela minha sanidade.
Aquele era o meu tormento, o limiar entre minhas necessidades e minhas obrigações. É claro que as obrigações sempre venciam aquele combate interno, eu tinha consciência de quem ela era, e não perdi por um minuto, a perspectiva das coisas. Outro motivo que me fizera manter o mínimo de sanidade era saber que eu jamais teria forças para lutar por aquilo, eu simplesmente não jogaria fora a vida dela toda estruturada para fazê-la viver o impensado. Eu era covarde demais para isso, sem contar que ela riria de minha cara se lhe oferecesse o pouco que tinha. Ela riria com gosto, pois ela era cruel...
... E talvez não tivéssemos mais tempo para construir uma vida nova.
Não conheço os motivos que a levavam para os meus braços, conhecia apenas os seus poucos sentimentos, embora, para ser sincero, não me importasse muito com eles. Se eram apenas eles os responsáveis pelos nossos encontros, não saberia dizer, mas ela sempre ia até mim e aquilo era tudo o que eu precisava, não tinha espaço em minha mente para cogitar o que a levava até mim, apenas me contentava com o fato de que ela estava ao meu lado naquelas noites secretas. Não levar em conta os seus sentimentos, era algo extremamente egoísta a se fazer, mas eu simplesmente não podia evitar ser assim. Não conseguia me preocupar com sentimentos de outra pessoa, era uma deficiência minha, talvez, mas, em minha defesa, afirmo que já estava saturado o suficiente, levando em conta apenas os meus sentimento. Eu teria definitivamente enlouquecido se questionasse tão arduamente os sentimentos dela por mim, quanto questionava os meus por ela.
Se era um delírio, era mais uma das questões que permanecia sem resposta para mim, não que fizesse diferença, já que contrariando toda a lógica, eu precisava dela perto de mim, fosse qual fosse o motivo.
- Você deveria expô-los - se referiu aos meus quadros.
- Ninguém os compraria.
- Eu os compraria.
- Charles não deixaria você pendurá-los em nenhum dos cômodos da mansão...
- Não compraria para pendurá-los na mansão. Compraria para pendurá-los aqui.
- Para isso você não precisa comprá-los, Dulce. Basta, simplesmente, pregá-los.
- Não é tão fácil assim, querido. Nada é fácil assim. Se a vida se resumisse a um martelo, um prego e a uma parede, todos teriam condições de vivê-la perfeitamente bem.
Não entendi ao que ela se referia por hora, mas em seguida daqueles dizeres, Dulce caminhou até sua bolsa, abrindo-a e retirando um maço de notas amareladas, colocando-as em cima de um móvel qualquer e ascendo outro cigarro, sem nem ao menos mudar a expressão.
- Quero que os pendure aqui. Todos. E quero que você faça mais quadros. Use outras cores. Eu gosto de azul. E, com o dinheiro que eu paguei pelos seus primeiros quadros, quero que você faça uma exposição para os novos... Mas não quero que você venda os que estão aqui. Esses quadros são nossos.
- Sim.
- E quero que você seja feliz, Christopher. Outras pessoas irão admirar o seu trabalho. Talvez não admirem o excesso de vermelho, mas dos quadros, tenho certeza que sim - e ela sorriu de uma maneira que nunca havia sorrido... Sorrira de maneira doce. Sorrira para mim com aquele sorriso único. Aquele sorriso era meu. Era o meu sorriso Dulce. - Quero também que você use outras cores. Use um pouco do dinheiro para comprar novas tintas. Azul, amarelo... Só não compre laranja porque eu não gosto - prosseguiu falando, sorrindo e não percebendo o brilho cegante de seus olhos. - Quando eu morrer, faça uma tela para mim. Não de mim, mas para mim. Uma tela sem meu nome. Não quero que saibam que ela era para mim.
E eu, tolo, respondi: - Você é imortal.
E ela, rindo, se apoiou para me beijar na boca.
Seu beijo tinha gosto de despedida.
E senti suas mãos sobre as minhas. Já não segura minhas lágrimas. A diferença de nosso modo de ver as coisas como elas eram só me tornava mais vulnerável e não queria ser fraco perto de você sim. Você me abraçava em silêncio, enquanto eu acompanhava o caixão com uma garoa esparsa, abençoando seu caminho ao leito do cemitério, a sete pés do chão.
Eu sempre a amei demais, e deste erro é o que me restou. A grama molhada fazia barulho enquanto as pessoas andavam e o cortejo fúnebre parava em frente a um jardim de rosas. Sempre foi sua flor favorita. O jardim, naquela hora, estava nu, com flores retorcidas e melancólicas, como a chuva que nos abraçava no seu funeral.
Você partira, e eu estava sozinho, como sempre fora.
O fim fora como o começo. De maneira trágica.
Eu não fora um bom amante ou um bom companheiro. Talvez fora um bom guerreiro para levar aquela guerra interna tão adiante, mas não existiriam mais guerras. Não sou um escritor impecável, muito menos um poeta. Não sei usar palavras. Não gosto de palavras. Elas machucam, queimam, doem. Elas estão tão enfiadas em nossa carne que somos completamente dependentes dela. Malditas palavras. Maldito vermelho.
Não sou um bom pintor. Não pintei Monalisas nem anjos. Não pintei o céu nem desgraças. Não pintei flores nem desamores. Não pintei guerras ou sorrisos.
Pintei você. Pintei você, com todos os traços, todos os moldes, todas as curvas, todos os jeitos, todas as cores. Pintei você em todos os lugares, em todas as telas, em todas as folhas, em todos os momentos. Eu pintei você.
Poderia falar que todas as palavras me lembram você, mas não gosto delas, enquanto isso, eu amei você. Posso falar que todos os lugares me lembram você, mas há lugares sujos e nauseantes como aquele pub, o último lugar que nós fomos, e eles não me lembram você, porque você cheirava a rosas. A nicotina de rosas. Poderia falar que todas as coisas me lembram você, mas estaria mentindo, pois existiam coisas que meus olhos não enxergavam, e tudo o que eu enxergava era você...
Mas eu poderia dizer que todas as cores eram você.
O meu amor era você.
Você era toda vermelha, e eu era todo você.
Você era toda vermelha, e vermelho em excesso doía.
Doía.
E o único quadro que pintei, não de você, mas para você, está pendurado sobre a minha nova cama do meu novo apartamento. Nomeei-o de Amor em Vermelho e não preciso explicar o porque.
Em minha primeira exposição, dada por você, esse quadro foi o destaque. O mais comentado, o mais polêmico, o mais adorado. Também não me causou surpresa. Era, igual aos outros, um quadro para você, mas a única diferença é que, mesmo chamando Amor em Vermelho, aquele era o único quadro com outras cores...
¬... Todas as cores, menos laranja, porque você não gostava.
E não se preocupe, Dulce, ninguém saberá que é você, eu prometo... Mas, ainda sim, você, para mim, será imortal.



Nota: Fic.

acredite.


A duvida paira em minha cabeça, a minha dor ninguém vai poder sentir. Talvez, eu acho que nada disso valha realmente a pena; talvez eu deva seguir em frente e viver minha vida, já que pessoas não faltam... Mas será que isso vai me fazer bem? Será que eu vou poder viver com isso? Sei que não vou amar novamente; sei que a alegria que me inunda quando falo com ele, nenhum outro vai me fazer sentir igual; sei que nada disso tem valor pra ele :/ sei que nada do que eu sinto faz diferença... Minha confusão, meus sentimentos, minhas coisas, nada vai fazer diferença... Onde vai dar essa dor? Onde vou parar? Será que tudo é negociável? Será que vou olhar pra trás e dizer: não valeu a pena! Ou será que vou olhar pra trás e dizer: valeu tudo que eu sofri? Porque amar é tão complexo, tão errado? Porque eu nunca consigo achar alguém que me faça feliz? Porque as pessoas nunca conseguem entender isso? Teu segredo roubou o meu sorriso :/ e a tua esperança roubou tudo que eu tinha, cada resto de felicidade em mim, cada milímetro de alegria foi me roubado... E hoje eu sou o que restou da dor. E eu termino em pedaços, pedaços incontáveis e inimagináveis, pedaços que doem e latejam, que estão em carne viva, que me machucam... Cada palavra sua, é como um prego em mim, que me perfura, e me dói, me machuca, me mata aos poucos... Talvez, quando você olhar pra trás, e ver que eu era a melhor opção, você se arrependa, e queira voltar atrás... Mas vai ser tão tarde... Tarde pra mim, tarde pra você, tarde pra nós... Se é que houve um nós :s se é que ainda há um nós... Talvez seja tarde para a felicidade... Meu coração já não agüenta, ele está machucado, apertado, dolorido... Vale mesmo a pena? :S a duvida paira em minha cabeça, e a minha dor ninguém vai poder sentir.

domingo, 16 de janeiro de 2011

bobeirinhas.

Eu afundei onde estava, me ajoelhando lá na beira da clareira, começando a asfixiar.
De que adiantava seguir em frente? Não havia nada lá. Nada além de memórias que eu queria ter trazido à tona quando eu quisesse, se um dia eu fosse capaz de lidar com a por que elas trariam - a dor que me pegou agora, me deixou fria. Não havia nada de especial nesse lugar sobre ele. Eu não tinha certeza absoluta do que esperava sentir aqui, mas a clareira estava vazia de atmosfera, vazia de tudo, exatamente como todas as coisas. Assim como os meus pesadelos.
(New Moon - The Twilight Saga, Meyer, Stephenie).

"— Eu amo você — ele respondeu, como se escutasse a voz dela ressoando pelas quatro paredes, fazendo as perguntas tão costumeiras — A amo porque você é única. Porque em você encontrei o melhor de mim. A amo porque você é maravilhosa, porque você possui um brilho especial... A amo porque você enxergou em mim o que eu não conseguia ver...

E ele sorriu. Um sorriso maravilhoso. Um sorriso para ela.
Um sorriso para a estrela mais brilhante. Um sorriso para a estrela que brilhava para ele.

— E eu nunca conseguiria abandoná-la, porque a abandonando, eu estaria abrindo mão de mim mesmo. Estaria me jogando em um abismo sem fim... Um abismo sem luz.

Não tão ruim, não tão ruim! minha mente tentou me confortar.
Era verdade. Isso não era tão ruim. Esse não era o fim do mundo, não novamente. Isso era só o fim do pequeno pedaço que havia sido deixado pra trás. Só isso.
Não é tão ruim, eu concordei, e então acrescentei: Mas é ruim o suficiente.
(Para que Deus Escute - webfic, me).

Palavras. Tão idiotas. Nunca são o necessário para demonstrar os sentimentos. Nunca são necessárias para nada. Um olhar vale mais do que o dicionário por inteiro. Um olhar valeu muito mais do que a minha própria vida
Eu não fora um bom amante ou um bom companheiro. Talvez fora um bom guerreiro para levar aquela guerra interna tão adiante, mas não existiriam mais guerras. Não sou um escritor impecável, muito menos um poeta. Não sei usar palavras. Não gosto de palavras. Elas machucam, queimam, doem. Elas estão tão enfiadas em nossa carne que somos completamente dependentes dela. Malditas palavras. Maldito vermelho.
Poderia falar que todas as palavras me lembram você, mas não gosto delas, enquanto isso, eu amei você. Posso falar que todos os lugares me lembram você, mas há lugares sujos e nauseantes como aquele pub, o último lugar que nós fomos, e eles não me lembram você, porque você cheirava a rosas. A nicotina de rosas. Poderia falar que todas as coisas me lembram você, mas estaria mentindo, pois existiam coisas que meus olhos não enxergavam, e tudo o que eu enxergava era você...
(Amor em Vermelho - webfic, me).
Nota: trechos de histórias.

coisinhas perdidas.

Pro meu eterno principo encantado, apesar de você não existir.
Eu lembro de como te conheci .-.' AUSHUAHUHFDAUSHFUHAUH³ fiasco mano '-' bem minha cara mrm te conhecer daquele jeito... Na boa, eu achei que num ia dar em nada, que era uma vez só... belo filho da puta você, fez eu me apaixonar u______u' mano, você conseguiu o que ninguém consegue :s você quebrou o muro, e o refez perfeitamente... porque você me conhece tão bem, que essa é a única explicação que eu tenho :s' eu queria entender como você foi capaz disso... sabe, eu sei que agora nada do que eu diga vai consertar tudo que eu disse, e talvez eu nem quera que o cristal seja refeito, mais eu realmente não estou podendo dormir direito...
Eu queria te dizer o quanto você é importante pra mim, o quanto você me ensinou a viver, o quanto você me ajudou, mesmo com todas as brigas e todos os erros, e todas as palavras que eu disse e que você me disse que me magoaram e te magoaram... Eu queria te dizer que eu não posso te esquecer, mesmo tendo jurado que iria fazer isso, simplesmente não consigo, porque você é uma das pessoas mais importantes da minha vida, e eu realmente não sou nada sem você :s'
Lembra de todos os sermões que você me dava? Pois é, na hora eu discordava mais eu sempre fazia o que você me dizia, e mesmo na época mais ruim da minha vida, eu ainda pensava em você, e eu acho que era isso que me dava força, porque eu lembrava de todas as coisas que você me dizia, lembrava de como era bom te ter por perto, mesmo que fosse pra brigar e te xingar, mesmo que fosse pra te magoar, porque eu sabia que tudo iria ficar bem, porque eu tinha certeza que você depois iria me perdoar...
Tudo bem que hoje eu vejo que não vai ter volta, mais eu queria que você soubesse que eu... eu gosto muito de você, e que eu preciso de você, talvez não a todo instante, mais eu preciso. É tão ruim abrir o msn e não te encontrar lá, não ter como falar com você, e mais ruim ainda é saber que amanhã vai ser assim de novo, porque eu num momento de raiva e de crise, eu te exclui da minha vida, mas, eu não consigo te excluir da minha mente, e você não sabe como isso me atormenta, todas as palavras que eu te disse, me doem, me machucam. É uma dor que não é cruél, mas machuca tanto...
Eu queria te pedir as minhas mais SINCERAS desculpas por tudo que eu te disse... Eu não quero que você volte a falar comigo, nem me procure depois desse depoimento, mas, eu quero que você me perdoe, eu quero que você pense em mim como uma pessoa que passou por sua vida, e que tentou fazer o que pôde, tentou te proporcionar o melhor que ela pôde te dar. Eu sei que foram poucas os momentos que eu te fiz feliz, mas, eu quero que você pense neles como uma época boa da sua vida, eu não quero que você sinta raiva de mim, porque nada do que eu fiz foi pra te magoar. Acredite, eu tinha boas intenções.
Me perdoa, por ser tão errada e tão estúpida, e por não ser a melhor pessoa da sua vida, e por te magoar tanto, e por pisar em todo o nosso passado. Eu fiquei um ano longe de você, mas mesmo assim meu amor não diminuiu, ele continua o mesmo. Te desejo tudo que a vida tem de melhor pra te dar, tudo mesmo. Que você encontre a felicidade, seja com a Choco, com a Luh, com a Nai ou qualquer outra pessoa. Espero que você possa sorrir sinceramente todas as vezes, e que você crie juízo. Eu te amo Thiago Alves Pimenta Fertinelli, pra sempre.
Lembra Lavy?
I - sim, temos histórias pra contar! muuuitas, muitas histórias *-*' a começar lá pelo início, aonde eu falei com você pela primeira vez. Você pintava a minha mão na hora do intervalo no colégio, e eu te achava nojenta o suficiente pra não querer falar com você, mas era incrível como eu só ia na sua mesa! Também, eram os melhores desenhos u_u' quando começamos a andar juntas, ainda era estranho pra mim que eu falasse com você, mas eu gostava de você. Não te via mais como aquela menina idiota de antes, mesmo não sendo tão juntas, eu gostava de você. Até que um dia uma "briguinha" nos aproximou, mais e mais, e eu comecei a andar mais com você, e hoje eu sou tão agarrada, mas tão agarrada a você que eu já não sei mais o que faria se uma briga acabasse com tudo isso que a gente construiu, dia após dia, segundo após segundo, momento após momento. Porque é com você que eu dou as melhores risadas. Porque é com você que eu tiro umas pira nada a vê. Porque é com você que eu me sinto bem, sem precisar controlar as palavras ou os pensamentos, sem me importar em saber se você vai ou não entender meus problemas, só pelo simples fato de me escutar e balançar a cabeça, dizendo que entende, sem me importar se você vai ou não prestar atenção, porque no fundo eu sei que você escutou, e tentou, no íntimo, entender aquilo que eu quis dizer. Porque sem você, as piras não são tão engraçadas, e nem que eu escreva o depoimento mais foda do mundo, nem com todas as palavras expressivas e inexpressivas do mundo vou descrever o tamanho do meu carinho e afeto por você. Porque, às vezes, uma manhã ou um dia chato fica bom quando estou com você. Porque você é aquela amiga das horas boas, que até as horas ruins acabam boas, de tão retardadas que nós somos. Porque a nossa revolta com as coisas acontece no mesmo momentos, e às vezes os assuntos que criamos, uma vira pra outra e diz: foda-se. Acredite, é tão bom falar essa palavra com você *-*' porque eu sei que você não vai me achar cruél, nem uma idiota, porque você se sente assim também. Porque, apesar das complicações, nós nos entendemos e vemos tudo aquilo que ninguém quer enxergar. Porque apesar de não termos quase nada em comum, você me completa e eu te completo. Porque a gente parece duas crianças brigando, e depois rimos das nossas burrices. Porque nós inventamos frases fodas, e rimos disso também. Porque, com você, não preciso dizer o quanto gosto de você, a nossa energia boa e as nossas risadas revelam isso. Porque, eu me sinto em casa quando estou contigo, mesmo não estando em casa realmente. Porque com você não preciso criar um visual bonito, mesmo estando totalmente FAVELA, você não critica e nem me olha torto. Porque você me faz sentir bem a qualquer hora do dia. Porque você me faz rir os risos mais espontâneos. Porque você é a janela do meu mundo, onde eu sei que posso me debruçar ali e desfrutar de toda e qualquer felicidade. Porque você me ajuda, não do tipo normal que alguém faz, mas por simplesmente estar comigo. Porque, estando com você, eu ignoro até a pessoa mais importante pra mim. Porque eu sou pisicóticamente vidrada em você, e isso que me faria mal no passado, hoje me faz bem, porque é bom ser psicoticamente vidrada em você. Porque, sem você aqui minha paz vira talibã. Porque você é sincera o suficiente, é amiga o suficiente, é imperfeita o suficiente pra mim. Porque você é meu farol e minha ave de mau agouro. Porque você é a única coisa mais inconcebível do que ir embora é ficar, a única coisa mais impossível do que ficar é ir embora. Porque você é tudo. E eu sou total e grandiosamente grata a você por isso, por me fazer tanto bem querendo fazer mal, por ter tudo que eu sempre quis encontrar em alguém, por ser imperfeita, feita pra mim, de um jeito especial e moldado. Grata por ter me feito ser quem sou hoje, grata por ter me ensinado a amar tão vivida e intensamente, por aturar minhas chatices e minhas birras, por conhecer todos os meus defeitos e ainda assim me aceitar, por ser tão especial e por tomar todo esse espaço no meu coração sem pedir licença. Meu amor por você é o mais puro e o mais sincero amor, ele é gigante, e nem Shakespeare, o maior poeta do mundo poderia descrever esse amor pra quem quer que fosse. Obrigada, obrigada, obrigada e obrigada. Eu te amo, minha branca.
Eu chorei.

Te amo agora, depois, quando ficar, quando for, quando chover, quando fizer sol, aqui, lá, em todo lugar, quando você estiver ao meu lado, quando você disser adeus, o dia todo, todos os dias, nos meus sonhos, nos momentos mais felises, nos momentos mais tristes, nos momentos mais difíceis, ao sorrir, ao chorar, de segunda a segunda-feira, INTENSAMENTE, de um jeito simples, de um jeito complicado, de um jeito diferente, nas melhores e piores fases, quando estou com você, quando não estou com você, ao ouvir aquela música, ao ouvir todas as outras, no verão, no inverno, quando tudo mudar, quando você errar, quando você chorar, quando você sorrir, todos os momentos, e todos aqueles não-momentos, no verão, no inverno, com você aqui, com você ausente, estando perto, estando longe, a qualquer hora do dia, a qualquer hora da noite, à cinco minutos antes, agora, à cinco minutos depois, na vida, na morte, inconsciente, consciente, te odiando, ontem, hoje e amanhã, e todos os outros dias da minha vida.
essa é a unica maneira de dizer que te amo, e que vou te amar pra todo o sempre.