quarta-feira, 2 de setembro de 2009

× Saudade...

Descrição no dicionário: Lembrança nostálgica e, ao mesmo tempo, suave, de pessoas ou coisas distantes, acompanhada pelo desejo de tornar a vê-las. Mas me pergunto, saudade só se sente de quem está longe? Se for, não é isso o que sinto, mas todos me dizem que esse é o nome do aperto que sinto quando estou a seu lado e sei que não posso abraçá-lo, quando sei onde você está e não posso ir lá ficar com você, e até mesmo quando conversamos e sinto que não posso nem ao menos falar com você como falava antes, será que tudo vai ficar assim pra sempre ? :\ Às vezes me lembro de tudo o que nós já passamos e me pergunto se tudo o que você falou foi verdadeiro, e se for, como você pode deixar ser tudo em vão hoje, seu brilho no olhar, seus sonhos, sua insegurança ao conversar comigo, tudo mudou.  Quando olho pra você hoje em dia não vejo mais do que uma carcaça, vazia. Amizade hoje em dia é igualdade, todos têm de ser iguais, se não está dentro 
da moda, por dentro dos assuntos da mídia é diferente, não pertence ao grupo, se liberte, fuja da moda, de todos, seja apenas você! Mas a amizade, a verdadeira amizade é o oposto, ela começa quando a gente não pertence a grupo algum, a amizade é o encontro de duas solidões. Duas solidões formam um grande elo, uma barreira contra tudo o que pode separá-las. Lembro quando me disse isso, e pensei que 
realmente fossemos uma barreira... E como dizia Manuel Bandeira “Porém já tudo se perdeu no olvido imenso do passado”, talvez não tudo tenha se perdido, talvez você ainda se lembre de tudo e nas lembranças antes de dormir eu esteja presente e ainda signifique muito pra você, e você ainda vai me falar e demonstrar tudo o que tem aí dentro de você. Tenho saudade de quem esta longe, de abraçar, de ficar horas falando merda até a hora de ver o pôr-do-sol, e ficar 5 minutos em silêncio só admirando o crepúsculo; de poder dizer olhando em seus olhos o quanto eles são importantes pra mim e o quanto que eu queria que eles estivessem do meu lado todos os dias pra poder ir na casa deles e ficar fazendo nada a tarde intera, só pra ficar junto com eles. Às vezes não sei como por pra fora essas idéias malucas que me sacodem a cabeça.  É muito esquisito, até parece assombração, encanações que surgem em minha cabeça, palavras que nascem do nada, sem nenhuma explicação e propósito, só pra me atormentar, me fazer lembrar de tudo e ainda dar importância e AMAR pessoas e coisas perdidas no tempo. Liberdade demais sufoca, só que sempre deixo o que amo livre, assim se eles voltarem é porque sou importante pra eles, se não é porque nunca os possui.

                                                       By: Juliana Montibeller.

2 comentários:

  1. E que grata surpresa chegar até aqui, um espaço aconchegante, poético, sensível, delicado... E aí, lendo muitos dos seus textos, eis que me vejo bruscamente imerso numa nostalgia de um tempo que não volta mais, mesmo que a saudade grite para que ele retorne, mesmo que lágrimas ainda escorram por aqui, numa lembrança acridoce do que se foi - e, pior, do que poderia ter sido...

    E, saudosamente, deixo-me misturar entre o que fui e o que sou, na tola tentativa de imaginar o que serei...

    E, com tão belas palavras oferecidas por você, minha presença por aqui será mais constante.

    Carinhosamente,
    Jc Menezes.

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  2. hmm, que bom que está gostando JC'
    espero realmente refletir os sentimentos de todos em meus textos, obrigada pelo carinho!
    um beijo.

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